quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Obras do VLT avançam sem desapropriações em Fortaleza

17/10/2012 - Diário do Nordeste

Para evitar mais atrasos, a Seinfra segue com obras do VLT em áreas que não precisam de desapropriações

Enquanto governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza ainda discutem quem será o responsável pelas desapropriações dos imóveis ao longo da via férrea Parangaba-Mucuripe, as obras de infraestrutura básica de suporte da nova linha do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) seguem avançando em quatro frentes de serviços, nos bairros da Parangaba, Papicu, Aldeota e de Fátima. Mas só devem entrar, literalmente, nos trilhos no ano que vem.

Dos R$ 280 milhões previstos à execução total do projeto, sendo R$ 185 milhões às obras físicas e R$ 95 milhões às desapropriações, R$ 201 milhões estão previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2013, do governo Estadual.

Consideradas essenciais para melhorar a mobilidade urbana de cearenses e turistas durante a após à Copa do Mundo de 2014, as primeiras obras para o VLT já começam a ser vistas na Parangaba. No bairro, entre a Rua Germano Frank e o terminal de ônibus estão sendo executadas os pilares, cravadas as estacas e feitos blocos dos pilares do trecho elevado, que terá cerca de 900 metros de extensão para os VLTs.

Simultaneamente, no bairro de Fátima está sendo construído o segundo elevado sobre a Avenida Aguanambi, próximo ao Comando Geral da Polícia Militar, para o trem de passageiros. Em paralelo, está sendo executada a via de carga, numa extensão de 500m. A nova linha seguirá no limite da lateral direita da faixa de domínio (sentido Parangaba-Mucuripe), entre a Rua Luciano Magalhães e o início do residencial Maravilha. A obra está na fase de construção das estacas, blocos e recebimento das vigas.

Viadutos e túneis

Na Via Expressa, os trabalhos se voltam para a construção dos viadutos sobre a Avenida Dom Luís, por onde trafegarão as linhas do VLT e de carga. Esta última será realocada e a atual demolida.

A quarta frente de trabalho está situada na confluência das avenidas Virgílio Távora e Pontes Vieira, onde será construído um viaduto para o VLT e também realocado o viaduto atual da linha de carga.

"As linhas de cargas permanecem a nível na Santos Dumont e na Padre Antônio Tomaz", explica o secretário. Segundo ele, com os trens cargueiros circulam em apenas dois horários, cedo da manhã, e no fim da noite, o trânsito de veículos será pouco prejudicado.

Ele aposta também na construção de túneis sob essas duas vias e na transformação da Santos Dumont em mão única, pela Prefeitura Municipal para viabilizar o tráfego dos VLTs nesses trechos da cidade. "Os demais trechos, somente serão iniciados quando definida a realocação das famílias atingidas", reitera o secretário estadual de Infraestrutura, Adail Fontenele.

Linha Leste

Já a linha Leste do metrô ainda está sem prazo para início e fim das obras. De acordo com Adail Fontenele, apenas o projeto básico foi concluído, devendo o projeto executivo ser realizado pela empresa vencedora da licitação das obras, estimadas em torno de R$ 3,2 bilhões.

Desse total, R$ 2,5 bilhões serão investidos em obras físicas, ou seja, na construção do túnel sob a Avenida Santos Dumont e das 12 estações, ao longo do percurso. Nesse projeto, a contrapartida financeira do governo do Estado será de R$ 250 milhões, dos quais R$ 128 milhões serão aplicados na aquisição das quatro tuneladoras para perfuração dos túneis.

Previstos para chegarem em maio, os "tatuzões" só devem aportar em Fortaleza entre julho e agosto de 2013, ano em que se espera também, que comecem a verter os recursos prometidos pelo governo Federal. Para o ano que vem, o governo do Estado projetou investir R$ 91,4 milhões, no metrô da Linha Leste.


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