quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Retomada do VLT de Fortaleza tem única proposta

10/12/2014 - G1 CE

Apenas uma empresa apresentou nesta quarta-feira (10) à Central de Licitações do Estado (CCC) a proposta para assumir a retomada das obras do Ramal Parangaba-Mucuripe pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

De acordo com o edital da licitação, a Sultepa Construções e Comércio Limitada, terá até sexta-feira (12) para confirmar a proposta de preço, que foi de R$145,249.800,70 milhões.
A conclusão das obras do VLT havia sido prometida inicialmente para o período da Copa do Mundo, em junho deste ano, e foi paralisada após rompimento de contrato com a empresa responsável, que atrasou o andamento das obras. As obras do VLT  em Fortaleza estão 50% prontas, segundo o Governo do Estado.

Uma nova licitação foi promovida em agosto de 2014 e recebeu uma proposta do consórcio VLT-Fortaleza, formado pelas empresas de engenharia Marquise e Engesol. A proposta não foi aceita após analisada por técnicos da Seinfra.

O novo modelo de proposta de contratação permite contratações públicas mais rápidas e eficientes para obras beneficiadas com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), como é o caso do VLT. Por esse método vence a empresa que apresentar o lance de menor valor global.  Como somente uma empresa apresentou proposta, caso a documentação seja aprovada, a licitante poderá assinar o contrato. O secretário de Infraestrutura do Estado, Adail Fontenele, afirmou que espera que os trabalhos sejam retomados no início de 2015.

A empresa licitante deverá entregar a documentação à Procuradoria Geral do Estado - PGE em cópia  eletrônica, até 18 horas desta sexta-feira. A partir daí será avaliada por equipe da Seinfra. Caso seja aprovada, segue para elaboração do contrato, divulgação e assinatura da ordem de serviços. O prazo de conclusão das obras, a partir da autorização dos serviços, será de 18 meses. O secretário de Infraestrutura do Estado, Adail Fontenele, afirmou que espera que os trabalhos sejam retomados no início de 2015.

VLT Parangaba-Mucuripe

O Ramal do VLT Parangaba-Mucuripe é um projeto da Seinfra em conjunto com a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos - Metrofor que visa a remodelação do ramal ferroviário Parangaba-Mucuripe, atualmente utilizado para transporte de carga, objetivando a utilização do mesmo para transporte de passageiros.

O Ramal atravessa 22 bairros, que representa 505.162 habitantes (aproximadamente 20% da população da cidade) e possui uma densidade demográfica de 9.717,65 hab/km2 (22% acima da média de Fortaleza). Um estudo de viabilidade realizado entre os dias 25 e 29 de maio de 2006 resultou uma previsão de demanda potencial de 90.000 passageiros por dia.

O projeto prevê, dentre outras, a construção de três tipologias de estação, sendo uma elevada (Parangaba), a do Papicu (que fará a integração com a Linha Leste do Metrô e o terminal) e outro tipo de padronização para as outras seis estações: Montese, Vila União, Rodoviária, São João do Tauape, Pontes Vieira e Mucuripe.

Processo de licitação das obras do VLT de Fortaleza é retomado

11/12/2014 - Diário do Nordeste 

As obras estão paradas desde junho pelo não cumprimento do prazo de conclusão. Apenas 50% dos trabalhos estão concluídos

Expectativa é que tudo fique pronto em 18 meses
Expectativa é que tudo fique pronto em 18 meses
créditos: Helosa Araújo
 
O processo de conclusão das obras civis do ramal Parangaba-Mucuripe, a ser operado pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), será retomado pela Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra). A comissão central de concorrência apresentará as novas propostas de valor para a licitação do tipo menor preço para a conclusão dos trabalhos.
 
A diferença neste novo certame é que o preço proposto será divulgado antecipadamente. De acordo com André Pierre, coordenador de transportes e obras da Seinfra, a expectativa é que a construção fique pronta em 18 meses. "Depois da contratação da empresa, esperamos que tudo esteja pronto nesse período. Ainda terão que ser feitas desapropriações, desvios de trânsito e mais dois túneis para conclusão da obra", afirma.
 
O ramal Parangaba-Mucuripe possuirá 13,6 Km de extensão, atravessará 22 bairros e contará com dez estações. Um estudo de viabilidade realizado entre os dias 25 e 29 de maio de 2006 resultou em uma previsão de demanda potencial de 90 mil passageiros por dia.
 
O projeto prevê a edificação de três tipologias de estação: uma elevada que ficará na Parangaba, a do Papicu que fará a integração com a Linha Leste do Metrô e com o terminal, além de mais um modelo de padronização para as outras estações.
 
Serão construídos, também, dois elevados com vãos de 32,90 metros, uma passagem inferior passando pela Avenida Borges de Melo, além de passarelas sobre a Via Expressa e a Avenida Pontes Vieira, como exemplos.
 
Integração
"A Seinfra ficou com a responsabilidade de desenvolver as obras do metrô e VLT. A Linha Leste já encontra-se em construção, a Linha Sul foi entregue e o VLT será retomado. Depois de todas as obras prontas, as pessoas poderão realizar a integração de todas essas linhas, o que abrirá um leque de opções de deslocamento para os cidadãos", ratifica André Pierre.
 
As obras estão paradas desde junho de 2014, em virtude do distrato firmado com o consórcio que executava os trabalhos, pelo não cumprimento do prazo de conclusão. Os trabalhos estão com 50% de execução.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Estações do metrô de Fortaleza estão sem informações de horários

22/10/2014 - O Povo - Fortaleza

Há mais de uma semana, chegar às estações da Linha Sul do Metrô de Fortaleza (Metrofor) e descobrir o horário do próximo trem é tarefa que depende de informações dadas pelos funcionários. As tabelas com a previsão de chegada dos trens foram retiradas dos painéis informativos. Na manhã de ontem, a chegada dos trens diferiu até 15 minutos dos dados disponíveis no site do Metrofor, segundo presenciou a reportagem do O POVO. Usuários relatam atrasos maiores no cotidiano.

De acordo com informações da assessoria de imprensa do Metrofor, a linha ganhou um trem no dia 13 de outubro. Eram três veículos no início da operação comercial (no dia 1º de outubro), e a tabela de horários previa 27 minutos de espera. Agora, são quatro trens e espera de 20 minutos. Uma diminuição de sete minutos entre as viagens que alterou a tabela. Por isso, as informações foram retiradas das estações e não há previsão de quando será disponibilizada nova tabela, tanto no site quanto nas estações.

Apesar disso, o Metrofor informa que os novos horários estão sendo cumpridos. Na manhã de ontem, O POVO percorreu a linha e observou que os trens passavam até 15 minutos antes do previsto na tabela antiga. Mas o intervalo entre dois trens do mesmo sentido chegou a 28 minutos. Na estação Parangaba, um trem partiu às 10h12min em direção a Pacatuba e o seguinte saiu às 10h40min.

Segundo um dos funcionários da linha, que preferiu não se identificar, não há como ter certeza dos horários pois, conforme ele, não é todo dia que os quatro trens estão em atividade. O leitor que sugeriu esta reportagem, Haroldo Barbosa, contou ter recebido informação semelhante de um dos funcionários: na manhã da última sexta-feira, 17, eram apenas três veículos. Ele havia esperado até 7h45min o trem na estação Aracapé previsto para as 7h22min (conforme a tabela do site). A assessoria confirma a parada de um dos trens na tarde do dia 16 para manutenção de uma das portas, problema que teria sido resolvido no mesmo dia.

Para o vendedor Paulo Lopes, 57, o atraso de alguns minutos não incomoda. Para ir do Maracanaú ao Benfica, ele antes levava mais de uma hora de ônibus. Agora, comemora poder fazer o percurso em 20 minutos. "Dá para esperar. A rapidez, o preço e a comodidade compensam". Ele só espera que a linha funcione até as 21 horas. A assessoria do Metrofor informa que não há previsão de estender o horário, que atualmente vai das 6h30min às 19 horas, de segunda a sábado.

A Linha Sul está em operação comercial desde o início de outubro, com passagens a R$ 2,20 (inteira) e R$ 1,10 (meia). Foram 11,5 mil passageiros no primeiro dia (1º de outubro). Desde então, a linha já recebeu até 20 mil pessoas por dia. A expectativa, segundo a assessoria do órgão, é de alcançar a marca de 22 mil usuários hoje, dia em que a operação completa três semanas.

Serviço

Linha Sul do Metrofor

Para mais informações, acesse: Cia. Cearense de Transportes Metropolitanos

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Metrô e VLT: Estado projeta investir R$ 5,32 bilhões em 2015

17/10/2014 - Diário do Nordeste

Com R$ 5,32 bilhões previstos para investimentos em obras sociais e de infraestrutura, o equivalente a 22,5% dos R$ 23,6 bilhões do orçamento projetado pelo governo do Estado para 2015, o próximo governador eleito, seja ele Camilo Santana ou Eunício Oliveira, já tem previamente definidas as principais obras e programas onde deverá aplicar os recursos. 

Conforme o Projeto de Lei Orçamentário (LDO 2015) encaminhado à Assembleia Legislativa do Ceará, esta semana, a implantação do Metrô da Linha Leste (R$ 461,77 milhões), o Programa Ceará IV, de construção e conservação de estradas (R$ 702,6 milhões); a ampliação da segunda etapa do Porto do Pecém (R$ 309,58 milhões) e a ponte estaiada, em Fortaleza, (R$ 233 milhões) consumirão R$ 1,7 bilhão, ou quase um terço (32%) do total de recursos projetados para investimentos no Ceará no próximo ano. 

Para a implantação da segunda fase da correia transportadora de minérios de ferro do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) serão destinados mais R$ 105 milhões, enquanto à execução das obras do Cinturão das Águas estão previstos R$ 101,8 milhões, e para o VLT Parangaba-Mucuripe entrar nos trilhos, R$ 32,6 milhões. 

No total, a proposta orçamentária, que ainda passará pelo crivo do Legislativo, priorizou 45 obras e programas que, juntos, absorverão R$ 2,430 bilhões, sendo R$ 2,262 bilhões de fontes diversas e R$ 168 milhões de contrapartida do Estado. 

Macrorregiões 

As regiões que concentram a maior parte da renda do Estado e consequentemente são as que mais contribuem com o fisco, a Metropolitana de Fortaleza e o Cariri e Centro Sul são as que mais investimentos receberão do governo Estadual no próximo ano, respectivamente, R$ 7,384 bilhões e R$ 1,262 bilhão. Juntas, somarão R$ 8,645 bilhões, o equivalente a três terços, ou 76,2% dos R$ 11,346 bilhões projetados para as oito macrorregiões do Estado. 

Pastas 

Da mesma forma, a LDO 2015 também revela as Pastas que mais recursos deverão receber do próximo chefe do Executivo cearense. A Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) terá orçamento de R$ 82,1 milhões, a de Desenvolvimento Agrário (SDA), R$ 60,9 milhões e a das Cidades, R$ 53,6 milhões. Na outra ponta, entre "os primos pobres", estão as secretarias de Ciência e Tecnologia, R$ 753 mil; a do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), R$ 740 mil, e a de Esporte, R$ 583,42 mil. A de Cultura receberá R$ 550 mil. 

Receitas 

Do total das receitas estimadas pelo governo, no próximo ano, R$ 12,471 bilhões advirão da arrecadação tributária própria; enquanto R$ 8,143 bilhões, ou 34,5% serão oriundos de transferências correntes, sendo R$ 5,726 bilhões do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e R$ 103,73 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Fontes que mostram a forte dependência do Estado em relação à União. Fatores que revelam quanto o gestor Estadual ainda precisa buscar alinhar-se às políticas públicas e partidárias do governo central. 

Para suprir eventuais acréscimos de despesas, o futuro governador poderá autorizar a abertura de créditos suplementares, até o limite de 25%, da fonte de recursos do tesouro Estadual.

Fonte: Diário do Nordeste
Publicada em:: 17/10/2014

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Ceará inaugura metrô incompleto a 4 dias da votação

03/10/2014 - O Estado de SP

FORTALEZA - Às vésperas da eleição, com o candidato do governador Cid Gomes (PROS) ainda tentando a virada sobre o senador Eunício Oliveira (PMDB), a Linha Sul do Metrô de Fortaleza entrou em operação comercial (ainda parcial) nesta quarta-feira, 1.

O candidato apoiado por Cid, Camilo Santana (PT), foi quem anunciou a "novidade" no debate da TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo. Embora a nova operação seja entre segunda e sábado, o Metrô funcionará "excepcionalmente" neste domingo, dia do 1.º turno da eleição. O início do funcionamento normal está previsto somente para 2016. A inauguração, entretanto, era esperada para a Copa do Mundo de 2014.

Visivelmente ainda há muito a ser feito: sinalização e ventilação das estações, por exemplo, ainda não estão completas, e há falhas no sistema de informações sonoras dos trens. Com 24km (liga o Centro de Fortaleza a Pacatuba, na Região Metropolitana), a Linha Sul começou a ser construída em 1999 e custou, até o momento, cerca de R$ 2 bilhões. Recebeu recursos do governo estadual e da União, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O governo do Ceará nega que o início da operação tenha objetivo eleitoreiro. Segundo a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), a novidade foi possível graças à assinatura de um convênio pendente com o governo federal no valor de R$ 200 milhões e assinado "na semana passada". Ainda segundo a companhia, de economia mista e ligada ao governo estadual, a operação já poderia ter começado na segunda-feira, mas, "para comunicar à população, decidiu-se começar no primeiro dia útil de outubro", quarta-feira.

Com recursos do PAC desde 2007, as primeiras estações da Linha Sul só ficaram prontas em junho de 2012, quando teve início a chamada "operação assistida", com viagens gratuitas entre segunda e sexta-feira, das 8h às 12h. Esta semana, o serviço foi estendido: de segunda a sábado, das 6h30 às 19h, agora com cobrança de tarifa (R$ 2,20 a inteira e R$ 1,10 a meia. É o mesmo preço das passagens de ônibus.

O número de trens operando, entretanto, permanece o mesmo: somente três, o que significa um tempo de espera de 30 minutos entre um e outro. Somente com a operação total, no início de 2016, é que o tempo de espera cairá para entre 3 e 6 minutos, informou a Metrofor, com a circulação de 25 trens.

O procurador regional do Ceará, Rômulo Conrado, informou que não vê irregularidade eleitoral no início da operação dias antes da eleição.

Remoções. No reduto eleitoral do governador Cid Gomes e de seu irmão Ciro Gomes (PROS), outro metrô, também atrasado e com recursos da União, continua sem data para começar a operar. O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Sobral, cidade do sertão cearense a 240km da capital, deveria ter sido entregue em dezembro de 2012, mas até hoje não opera. Nesta quinta-feira, 2, a Metrofor não quis dar uma previsão para o início de operação do "Metrô de Sobral", como é chamado.

A construção do VLT, que custou até agora cerca de R$ 90 milhões, envolveu um polêmico processo de remoção de 18 imóveis. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do governador Cid Gomes não retornou. Ironicamente, no trecho onde hoje se veem apenas os escombros das casas que foram removidas, há placas de propaganda não só do candidato apoiado pelo governador, Camilo Santana, mas também de seu principal concorrente, Eunício Oliveira.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Passagem do Metrô de Fortaleza custará R$ 2,85 a partir de outubro

23/09/2014 - G1

Metrô passará a funcionar em fase comercial em dia ainda a ser definido. Intervalo máximo entre cada trem será de 30 minutos, segundo Metrofor.

A passagem do Metrô de Fortaleza será de R$ 2,85 a partir de outubro deste ano, segundo o Metrofor. O metrô deixará de funcionar em fase teste (com passagens gratuitas) e começa a operar na fase comercial em outubro, mas ainda sem o dia definido.

O valor, segundo o Metrofor, foi estabelecido em R$ 2,85 por ser o mesmo valor do ônibus intermunicipal entre Maracanaú e Fortaleza, trecho do Metrô de Fortaleza. A partir de fase comercial, o número de trens circulando passará de seis para 25.

O tempo máximo de intervalo entre os trens será de 30 minutos. O Metrofor deverá divulgar nos próximos dias o intervalo exato.

Fonte: Do G1 CE 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Governo do Ceará consegue R$ 1 bi para metrô de Fortaleza

02/09/2014 - Ceará Agora

O Ministério da Fazenda autorizou que seja firmado contrato de financiamento de R$ 1 bilhão entre o Estado do Ceará para a implantação da Linha Leste do Metrô de Fortaleza. O financiamento será concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).  Essa autorização foi publicada no Diário Oficial da União na última segunda-feira (1/09).

O BNDES havia noticiado financiamento para esse projeto no começo de julho. A implantação da Linha Leste do metrô de Fortaleza, com extensão total de 12,4 quilômetros e 13 estações, faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A Linha Leste do metrô irá integrar o centro capital à região da Avenida Santos Dumont, onde se encontram os principais pólos comerciais, universitários e financeiros da cidade, além da região da Avenida Washington Soares, que apresenta o maior índice de crescimento da região.

O financiamento do BNDES vai apoiar investimentos necessários para implantação das obras civis do metrô, que corresponde a 12,4 quilômetros de sistema metroviário, sendo 11,1 quilômetros de trecho subterrâneo, 562 metros de trecho de transição e 800 metros de trecho em superfície, além de treze estações (doze subterrâneas e uma em superfície), dez poços de ventilação e sete saídas de emergência.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Fazenda autoriza R$ 1 bi do BNDES para a Linha Leste do Metrô de Fortaleza

02/09/2014 - Diário do Nordeste - Fortaleza


Brasília. O Ministério da Fazenda autorizou que seja firmado contrato de financiamento de R$ 1 bilhão entre o Estado do Ceará para a implantação da Linha Leste do Metrô de Fortaleza O financiamento será concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O texto com essa autorização foi publicado no Diário Oficial da União de ontem (1º).

O BNDES havia noticiado financiamento para esse projeto no começo de julho. A implantação da Linha Leste do metrô de Fortaleza, com extensão total de 12,4 quilômetros e 13 estações, faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A Linha Leste do metrô irá integrar o centro Capital à região da Avenida Santos Dumont, onde se encontram os principais polos comerciais, universitários e financeiros da cidade, além da região da Avenida Washington Soares, que apresenta o maior índice de crescimento da região.

Obras

O financiamento do BNDES vai apoiar investimentos necessários para implantação das obras civis do metrô, que correspondem a 12,4 quilômetros de sistema metroviário, sendo 11,1 quilômetros de trecho subterrâneo, 562 metros de trecho de transição e 800 metros de trecho em superfície, além de 13 estações (12 subterrâneas e uma em superfície), dez poços de ventilação e sete saídas de emergência.

O texto publicado no Diário Oficial cita "contrato de garantia, a ser firmado entre a União e o Estado do Ceará, com a interveniência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e contrato de vinculação de receitas e de cessão e transferência de crédito, em contragarantia, a ser celebrado entre a União e o Estado do Ceará, com a interveniência da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste do Brasil, ambos relativos a contrato de financiamento a ser firmado entre o Estado do Ceará e o BNDES, no valor de R$ 1 bilhão, cujos recursos serão destinados ao financiamento da implantação da Linha Leste do Metrô de Fortaleza".

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Fase de testes do Metrô já dura mais de 2 anos sem data para acabar

28/08/2014 - O Povo - Fortaleza


Seu Francisco Edilson, 49, aproveita o "friozinho" do Metrô de Fortaleza (Metrofor) duas vezes por semana. Às sextas-feiras, ele vai ajeitar o jardim do chefe, na Parangaba, mas, nas quartas, o senhor sai do bairro Ancuri, de ônibus, e vai até a estação no Benfica só para passear. Elevai e vem até a estação Carlito Benevides, que é o final da linha Sul em Maracanaú, só admirando a cidade.

Em dois anos, Edilson já acumula 64 viagens, contabilizadas em um papel afixado na parede de casa. Viajar no metrô, que ele sempre "quis alcançar", é uma diversão que vai durar até acabar o período de operação assistida, quando o serviço deixa de ser de graça e estende os horários – hoje, funciona de 8h às 12horas. "Enquanto eles não colocam para pagar, eu vou testando também", comenta o jardineiro.

Com início em junho de 2012, a operação assistida, ou fase de testes, segundo a assessoria de imprensa do Metrofor, espera por licitação para equipamentos de "de sinalização, de controle, de ventilação e de bilhetagem", no valor de "R$ 187 milhões", e ainda permanece sem data para acabar. Com o início da operação comercial, o tempo de espera entre um trem e outro cairia de 30 minutos para cinco e o horário de funcionamento será das 5h30 às 23 horas.

Enquanto espera a nova fase do transporte, Edilson tem esperança de passar das 100 viagens de graça, mas a opinião do jardineiro não é compartilhada pela maioria. Para a universitária Mirian Vasconcelos, 21, que sai do Conjunto Jereissati II com direção ao Centro, o horário de funcionamento atual é inconveniente. "Saio 6h da manhã de casa para pegar um ônibus e ainda chego atrasada. Se fosse num horário mais cedo, seria ótimo. Deviam colocar logo para gente pagar", opina a estudante que só utiliza o serviço quando a aula da faculdade termina mais cedo e ela consegue ir até o emprego, em Parangaba, de metrô.

Com viagem confortável e rápida - leva-se em média de 35 a 40 minutos para percorrer os 24 km da linha sul que liga a estação Chico da Silva, no Centro, à Carlito Benevides, em Maracanaú -, o Metrofor é elogiado pela massoterapeuta Rose Fernandes, 43. "Isso é tão bom que nem parece transporte público", afirma, mantendo, contudo, algumas ressalvas. "Essa demora em estender os horários e passar a cobrar passagem só pode ser para beneficiar os empresários de ônibus. Quem deixaria de pegar um metrô para andar num ônibus quente e lotado?", questiona.

A comodidade também é elogiada pela autônoma Fátima Monteiro, umas das 11 mil pessoas que circulam diariamente no Metrofor. "Saio da quentura do Centro e chego em casa bem geladinha. É bom demais, devia ser era o dia todinho", conta, na torcida de que a operação comercial comece logo.

Saiba mais

Segundo a assessoria do Metrofor, o serviço será integrado ao sistema de transporte público existente, "sendo definido posteriormente como se dará a integração sobre o preço das passagens".

Espera-se que,quando integrado aos demais sistemas metroferroviários e de ônibus, 355 mil passageiros circulem diariamente no Metrofor.

Duas das 20 estações na Linha Sul ainda estão em obras. A Padre Cícero (localizada atrás do campo do Ceará) e a Juscelino Kubitschek (próxima ao Bar Avião, na avenida João Pessoa) "entraram no PAC da Copa para mobilidade e estão sendo construídas, devendo ser finalizadas no início do ano que vem".

Durante a viagem de ida e volta, a reportagem verificou que os alertas sonoros e luminosos, avisando em que ponto a viagem está, não estavam funcionando.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Suspensa liminar que barrava licitação da Linha Leste

05/08/2014 - CNews - CE

O presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Luiz Gerardo de Pontes Brígido, suspendeu decisão que obrigava o Estado a incluir novamente em processo licitatório o Consórcio Engecorps/KL/Typsa, que não atendeu às exigências do edital. A licitação tem como objetivo contratação de serviços técnicos especializados para o gerenciamento, supervisão e apoio técnico das obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza.

Segundo os autos, a Comissão Central de Concorrências do Estado declarou a inabilitação do grupo, formado pelas empresas Engecorps Engenharia S/A, KL Serviços de Engenharia S/A e Técnica y Proyectos S/A - Typsa, por descumprimento às regras do edital referentes à qualificação técnica. O itens não atendidos eram, principalmente, relativos à capacitação técnico-profissional da empresa Typsa.

Por esse motivo, o consórcio ajuizou ação, com pedido liminar, requerendo a suspensão do ato administrativo na parte da inabilitação. No dia 25 de junho de 2014, o juiz Carlos Augusto Gomes Correia, titular da 7ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza, concedeu a medida. Suspendeu o ato de inabilitação e determinou a participação do consórcio na fase posterior do processo licitatório, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.

Inconformado, o Estado interpôs pedido de suspensão de liminar no TJCE. Disse que a decisão causa grave lesão à economia e à ordem pública administrativa. Além disso, impede o regular seguimento da licitação com a participação somente das empresas que cumpriram os requisitos editalícios.

Ao analisar o caso nessa sexta-feira (1º/08), o presidente do TJCE deferiu o pedido de suspensão da liminar até o trânsito em julgado da sentença. 

quinta-feira, 27 de março de 2014

Deputada fala dos problemas do Metrô de Fortaleza na Assembleia

26/03/2014 - Assembleia Legislativa do Ceará

Entre os problemas detectados, citou a falta de ar-condicionado; trens lotados, com idosos e mulheres grávidas em pé; trens quebrados; atrasos e uma total incerteza de horários da chegada de trens

Durante o primeiro expediente da sessão plenária desta quarta-feira (26/03), a deputada Fernanda Pessoa (PR) pediu uma mobilização com a bancada federal do Ceará para a aprovação do projeto de lei 6.876/2010. A matéria, de autoria da deputada federal Gorete Pereira (PR-CE), altera o artigo 103-C da Lei 10.233/2001. Segundo Fernanda Pessoa, essa lei de 2001 alterou a 9.603/98, que garantia aos empregados transferidos da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para o Metrofor, os recursos integrais para pagamento dos salários, vantagens e benefícios até dezembro de 2001.

A parlamentar disse que, desde 2006, os recursos deixaram de ser integrais e passaram a ser repassados por meio de aditivos. "E, estes aditivos nunca mais foram repassados de maneira integral, como determinava a lei 9.603/98. Como o repasse deixou de ser integral, o Metrofor passou a adotar a política salarial dos servidores do estado, o que vem causando enormes prejuízos aos empregados transferidos em 2002", ressaltou.

A parlamentar republicana informou ainda que durante visita feita às linhas de metrô de Fortaleza com a deputada Eliane Novais (PSB), além das questões trabalhistas e das péssimas condições de trabalho dos metroviários, foram constatadas a falta de estrutura das estações e dos trens. "Pegamos os trens, tanto na Linha Sul como na Linha Oeste, descemos nas estações, conhecemos as instalações das estações; conversamos com os funcionários e vimos in loco a situação do Metrô de Fortaleza e dos funcionários", pontuou.

Entre os problemas detectados, citou a falta de ar-condicionado; trens lotados, com idosos e mulheres grávidas em pé; trens quebrados; atrasos e uma total incerteza de horários da chegada de trens, já que frequentemente ficam rodando apenas dois trens, após os outros terem apresentado problemas. A deputada observou ainda que não há rampa em nenhuma das estações subterrâneas. Há elevadores e escadas rolantes, porém, os geradores não estão funcionando. "Caso falte energia, esses equipamentos não funcionam", pontuou.

Além disso, foi encontrado, segundo ela, problemas na infraestrutura das estações, e citou como exemplo, pisos alagados dentro da estação, nas partes cobertas, sem nenhuma sinalização, podendo ocasionar acidente.

Em aparte, se manifestaram os deputados Heitor Férrer (PDT), João Jaime (DEM), Antonio Carlos (PT) e Júlio César Filho (PTN). Heitor lamentou "que depois de tanto tempo e de investimentos maciços o metro tenha a qualidade descrita pela senhora". Jaime pontuou que as informações podem servir de subsídio ao debate sobre mobilidade urbana pelo Bloco de Oposição, criado na Casa. Antonio Carlos registrou a existência de um trem parado, no Bairro de Fátima, "pegando sol e chuva".

Julio César Filho, vice-líder do Governo, informou que o engenheiro Rômulo Fortes, presidente do Metrofor, já se colocou à disposição para dar explicações sobre o assunto. O parlamentar ressaltou que a Linha Sul ainda está em fase de testes e garantiu que quando for entregue à sociedade os problemas estarão sanados.

Fonte: Assembleia Legislativa do Ceará 

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Linha Oeste do Metrofor: Assembleia autoriza financiamento para modernização

22/02/2014 - Governo do Ceará 

A Linha Oeste do Metrô de Fortaleza, que liga a Capital ao município de Caucaia, será modernizada para atender de forma adequada a uma demanda estimadade 337 mil passageiros por dia até 2020

A Assembleia Legislativa do Estado, em sessão ordinária, autorizou nesta quinta-feira (22), o pedido de financiamentojunto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 579 milhões para ofinanciamento dos serviços de eletrificação e duplicação da Linha. A Linha Oeste do Metrô de Fortaleza, que liga a Capital ao município de Caucaia, será modernizada para atender de forma adequada a uma demanda estimadade 337 mil passageiros por dia até 2020, com previsão de integração intermodal nas estações. O investimento fazparte do PAC 2- Mobilidade Urbana e será complementado ainda com R$ 610 mil do Orçamento Geral da União(OGU) e R$ 30,5 milhões de contrapartida do Governo do Estado, totalizando R$ 1,2 bilhão. Uma vez autorizadoo financiamento, já priorizado pelo BNDES, o Governo do Estado, mediante a Secretaria da Infraestrutura doEstado (Seinfra) e sua vinculada, Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), darãocontinuidade ao processo com o envio de relatórios técnicos detalhados do projeto.

As obras civis de eletrificação e duplicação da via permanente ao longo dos seus 19,5 km de extensão (sendo 1,1 km em elevado e18,4 km em superfície), instalação de sistemas fixos de eletrificação, sinalização e telecomunicações, construção de um centroscontrole e de manutenção, implantação de 10 Trens Unidades Elétricas (TUEs), construção de 13 estações, urbanização do entornodas estações, construção de túneis, pontes, passarelas de pedestres, viadutos ferroviários e rodoviários e acessos além detreinamento de pessoal e manutenção do sistema, entre outros serviços.

A modernização da Linha Oeste contempla a construção de 13 estações, sendo 10 em superfície: Floresta, Padre Andrade, SãoMiguel, Parque Albano, Conjunto Ceará, Jurema, Araturi, Nova Metrópole, Parque Soledade e Caucaia, e três em elevado: ÁlvaroWeyne, Antônio Bezerra e Francisco Sá. O material rodante será constituído de 10 TUEs, cada um composto por seis carros com ar-condicionado.

A Linha Oeste do Metrô de Fortaleza já recebeu melhorias nos últimos sete anos com serviços como a construção do viaduto sobre a rua Visconde de Cauípe, de 50 metros, a reforma das suas atuais 9 estações de passageiros,a remodelação de 31 carros e quatro locomotivas bem como a implantação, manutenção e substituição de peçase dormentes ao longo de sua via permanente. O investimento foi da ordem de R$ 80 milhões. Foram reformadasas seguintes estações: Álvaro Weyne, Padre Andrade, Antônio Bezerra, São Miguel, Parque Albano, ConjuntoCeará, Jurema, Araturi e Caucaia.

Uma vez completo, O Metrô de Fortaleza com a Linha Oeste remodelada e eletrificada, integrada com as LinhasSul – já em operação assistida - e Linha Leste – em implantação - abrangerá os municípios de Fortaleza,Caucaia, Maracanaú, e Pacatuba. O projeto trará grande impacto sobre a mobilidade urbana do município deFortaleza, aumentando a acessibilidade da população, gerando fluidez no trânsito e diminuindo pontos deengarrafamento em regiões críticas da cidade, com durabilidade, segurança e conforto.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Seinfra/Governo do Ceará 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

1º estação de Fortaleza será desativada

09/01/2014 - Diário do Nordeste

Após 141 anos de história, a Estação Ferroviária João Felipe, a primeira de Fortaleza, que fica localizada no Centro da cidade, será desativada na próxima segunda-feira (13). A partir desse dia, os oito mil passageiros que passam pelo espaço diariamente farão seu embarque e desembarque através de uma estação provisória, localizada no fim da Rua Padre Mororó.

Na área onde hoje estão os trilhos será construído um percurso subterrâneo para a Linha Leste da Companhia do Metrô de Fortaleza (Metrofor). O projeto de escavação atingirá parte do terreno próximo aos trilhos da Linha Oeste, que faz parte da Estação João Felipe.

Após vários anos utilizando aquela estação ferroviária durante o seu deslocamento de casa para o trabalho, o mestre de obras Osmar Batista vai ter que fazer um caminho diferente. "No começo vai ser muito esquisito, pois esse lugar faz parte da nossa vida", admitiu.

Osmar Batista também destacou que com o passar dos anos faltou manutenção para aquele espaço. A sujeira, além da falta de cuidado, acaba prejudicando parte da aparência do local, que ainda dispõe de uma bela estrutura. Ele espera que todo esse lugar possa ser revitalizado e, consequentemente, utilizado pela população.

A empregada doméstica Antônia Cláudia Moura não concorda com a desativação da João Felipe, devido à sua história. "Um local como esse deve ser usado pra sempre".

Agora, ela teme que a estação provisória não possa comportar o número de passageiros que passam todos os dias pela Linha Oeste. "Será que um local provisório vai conseguir aguentar toda essa gente que passa por aqui", perguntou Antônia Cláudia.

Para que os passageiros possam ficar sabendo da mudança, a assessoria do Metrofor informou que existem equipes orientando as pessoas sobre as mudanças que acontecerá na próxima semana. A estação provisória fica no fim da Rua Padre Mororó, ao lado da Estação Chico da Silva, que faz parte da Linha Sul do metrô de Fortaleza.

No local onde ficará a estação provisória, é possível observar que ainda existe muito trabalho a ser feito até a próxima segunda-feira. Na tarde de ontem, a estrutura ainda estava sendo montada pelos operários. Até agora, apenas as barras de ferro que farão parte da estrutura e os tijolos que vão ficar no chão.

Projeto

De acordo com o Metrofor, existe um projeto do governo do Estado para transformar aquela área da estação ferroviária em um equipamento cultural com a criação de museus, restaurantes e praças. Porém, até agora, ainda não há uma data para o início desse plano.

A Linha Leste do metrô de Fortaleza, que tem a sua construção como o motivo para a desativação da João Felipe, é um projeto orçado em cerca de R$ 3,5 bilhões. Uma linha totalmente subterrânea com traçado de 12,4 quilômetros de extensão. A obra fará a ligação entre o Centro, partindo da estação Chico da Silva, até o Fórum Clovis Bevilaqua, no bairro Edson Queiroz.

Equipamento foi o 1º erguido em Fortaleza

A primeira estação ferroviária de Fortaleza teve a sua construção iniciada em 1871 e, na época, chamava-se Estrada de Ferro de Baturité. Nesse mesmo ano, a primeira locomotiva da estrada de ferro, batizada de Fortaleza, chegou à Capital. Após dois anos, aconteceu a inauguração da Estação Central, como também ficou conhecida. Somente sete anos mais tarde foram construídos o Chalé da Diretoria e Oficinas.

Em 1880, o espaço foi reinaugurado depois de passar por alterações definitivas num projeto do engenheiro Henrique Flogare. A reforma do prédio foi executada com mão de obra de retirantes da seca do ano de 1877. O terreno era da sesmaria de Jacarecanga de procedência da família Torres. A estação passou por uma segunda reforma em 1922, por ocasião do centenário da independência brasileira.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

1º estação de Fortaleza será desativada

09/01/2014 - Diário do Nordeste
 
Após 141 anos de história, a Estação Ferroviária João Felipe, a primeira de Fortaleza, que fica localizada no Centro da cidade, será desativada na próxima segunda-feira (13). A partir desse dia, os oito mil passageiros que passam pelo espaço diariamente farão seu embarque e desembarque através de uma estação provisória, localizada no fim da Rua Padre Mororó.
 
Na área onde hoje estão os trilhos será construído um percurso subterrâneo para a Linha Leste da Companhia do Metrô de Fortaleza (Metrofor). O projeto de escavação atingirá parte do terreno próximo aos trilhos da Linha Oeste, que faz parte da Estação João Felipe.
 
Após vários anos utilizando aquela estação ferroviária durante o seu deslocamento de casa para o trabalho, o mestre de obras Osmar Batista vai ter que fazer um caminho diferente. "No começo vai ser muito esquisito, pois esse lugar faz parte da nossa vida", admitiu.
 
Osmar Batista também destacou que com o passar dos anos faltou manutenção para aquele espaço. A sujeira, além da falta de cuidado, acaba prejudicando parte da aparência do local, que ainda dispõe de uma bela estrutura. Ele espera que todo esse lugar possa ser revitalizado e, consequentemente, utilizado pela população.
 
A empregada doméstica Antônia Cláudia Moura não concorda com a desativação da João Felipe, devido à sua história. "Um local como esse deve ser usado pra sempre".
 
Agora, ela teme que a estação provisória não possa comportar o número de passageiros que passam todos os dias pela Linha Oeste. "Será que um local provisório vai conseguir aguentar toda essa gente que passa por aqui", perguntou Antônia Cláudia.
 
Para que os passageiros possam ficar sabendo da mudança, a assessoria do Metrofor informou que existem equipes orientando as pessoas sobre as mudanças que acontecerá na próxima semana. A estação provisória fica no fim da Rua Padre Mororó, ao lado da Estação Chico da Silva, que faz parte da Linha Sul do metrô de Fortaleza.
 
No local onde ficará a estação provisória, é possível observar que ainda existe muito trabalho a ser feito até a próxima segunda-feira. Na tarde de ontem, a estrutura ainda estava sendo montada pelos operários. Até agora, apenas as barras de ferro que farão parte da estrutura e os tijolos que vão ficar no chão.
 
Projeto
 
De acordo com o Metrofor, existe um projeto do governo do Estado para transformar aquela área da estação ferroviária em um equipamento cultural com a criação de museus, restaurantes e praças. Porém, até agora, ainda não há uma data para o início desse plano.
 
A Linha Leste do metrô de Fortaleza, que tem a sua construção como o motivo para a desativação da João Felipe, é um projeto orçado em cerca de R$ 3,5 bilhões. Uma linha totalmente subterrânea com traçado de 12,4 quilômetros de extensão. A obra fará a ligação entre o Centro, partindo da estação Chico da Silva, até o Fórum Clovis Bevilaqua, no bairro Edson Queiroz.
 
Equipamento foi o 1º erguido em Fortaleza
 
A primeira estação ferroviária de Fortaleza teve a sua construção iniciada em 1871 e, na época, chamava-se Estrada de Ferro de Baturité. Nesse mesmo ano, a primeira locomotiva da estrada de ferro, batizada de Fortaleza, chegou à Capital. Após dois anos, aconteceu a inauguração da Estação Central, como também ficou conhecida. Somente sete anos mais tarde foram construídos o Chalé da Diretoria e Oficinas.
 
Em 1880, o espaço foi reinaugurado depois de passar por alterações definitivas num projeto do engenheiro Henrique Flogare. A reforma do prédio foi executada com mão de obra de retirantes da seca do ano de 1877. O terreno era da sesmaria de Jacarecanga de procedência da família Torres. A estação passou por uma segunda reforma em 1922, por ocasião do centenário da independência brasileira.