quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Metrô de Fortaleza: perfuradoras chegam ao Porto do Pecém

27/08/2013 - Governo do Ceará

Equipamentos que chegam ao porto nesta quarta-feira (28) vieram de Shangai (China) onde foram realizados testes de operação

Cada equipamento pesa cerca de 737 toneladas
créditos: Divulgação

As duas primeiras tuneladoras (Tunnel Boring Machine - TBM) que serão utilizadas na construção dos túneis da Linha Leste do Metrô de Fortaleza chegam nesta quarta-feira (28) ao Porto do Pecém. Os equipamentos – num total de quatro - foram adquiridos pelo Governo do Estado em junho de 2012, mediante licitação, cuja vencedora foi a empresa norte-americana The Robbins Company, no valor R$ 128.224.258,52.

As obras civis da linha estão sendo licitadas estando atualmente em fase de análise das propostas comerciais. As máquinas, que passaram por testes de operação em Shangai (China), chegam desmontadas e estão acondicionadas em 16 conteineres junto com mais 50 peças que serão transportados até o emboque localizado em área próxima à Estação Central no Centro de Fortaleza, onde serão montadas. As duas outras tuneladoras deverão chegar ao Ceará até o final do ano.

O Shield como é chamado a parte dianteira da máquina, responsável pela escavação, tem 6,9 metros de diâmetro e 10 metros de extensão e cerca de 460 toneladas. Na parte traseira do shield são montados dez carros/trailers com os equipamentos auxiliares da máquina, chamado back-up da tuneladora, onde estão a cabine de controle, unidade hidráulica, transformadores, painéis elétricos, enrolador de cabos, sistemas de lubrificação, de espuma e de injeção de Grount, Betonita, compressores, câmara de primeiros socorros, dentre outros.

Ao todo, o shield e o backup, que formam a tuneladora, têm 125 metros de extensão, com cerca de 737 toneladas. As outras duas tuneladoras adquiridas pelo Governo do Estado do Ceará estão sendo montadas na mesma unidade da Robbins na China, para realização de testes em fábrica.

Os TBMs foram fabricados para uso nas condições de solo mais adversas, utilizando ferramentas de corte para solo argiloso e discos de corte para rocha, intercambiáveis, montados diretamente na roda de corte na parte frontal da máquina. O equipamento é composto ainda por Sistema de Transporte do material escavado, através de correias transportadoras; Sistema de montagem de anéis; Sistema de injeção de concreto grout, betonita, dentre outros sistemas auxiliares.

O Contrato com a empresa The Robbins Company inclui ainda outros equipamentos a serem utilizados na obra, quatro Sistemas de Ventilação, sendo um para cada conjunto túnel/máquina; Correias Transportadoras para o transporte do material escavado por toda extensão dos cerca de 20 km de túneis; Formas e Equipamentos Auxiliares a serem utilizados em duas fábricas de anéis, que deverão produzir cerca de 20 anéis/dia cada fábrica.

Equipamentos já recebidos
Dos equipamentos adquiridos pelo Governo do Estado já foram recebidos as Formas e Equipamentos Auxiliares para 02 (duas) Fábricas de Anéis e o Sistema de Ventilação, a ser utilizado nas escavações, composto de quatro sistemas independentes para cobrir os 20km de túnel. Esses equipamentos já estão guardados em área do Complexo Portuário do Pecém.

domingo, 4 de agosto de 2013

Consórcios são habilitados para a construção da Linha Leste, em Fortaleza

22/06/2013 - Piniweb

Segundo divulgação da Comissão Central de Concorrências da linha Leste do Metrô de Fortaleza, Ceará, dos cinco concorrentes para a construção do sistema, quatro consórcios foram habilitados para os serviços. As obras da Linha Leste, que terá 12,4 km de extensão, integra o Programa "Mobilidade Grandes Cidades", do Governo Federal, que garantiu recursos da ordem de R$ 2 bilhões o projeto, sendo R$ 1 bilhão do Orçamento Geral da União e R$ 1 bilhão financiados pela Caixa Econômica Federal. O menor preço não poderá ser superior a R$ 2,5 bilhões.

A linha Leste terá as seguintes estações: Sé, Luíza Távora, Colégio Militar, Nunes Valente, Leonardo Mota, Papicu, HGF, Cidade 2.000, Bárbara de Alencar, Centro de Eventos e Edson Queiroz. Além dessas, haverá integração com as linhas Oeste e Sul na estação central Chico da Silva, totalizando doze estações.

Os consórcios Cetenco-Acciona (Cetenco Engenharia e Acciona Infraestructura); Mendes Júnior-Soares da Costa-Isolux (Mendes Júnior Trading e Engenharia, Sociedade de Construções Soares da Costa S.A do Brasil e Isolux Projetos e Instalações); Consórcio Metrofor (Construtora Andrade Gutierrez, Construtora Norberto Odebrecht Brasil e Serveng Civilsan-Empresas Associadas e Engenharia); e Mobilidade Urbana (Construções e Comércio Camargo Corrêa, Construtora Queiroz Galvão e Construtora Marquise) foram habilitados.

Já o consórcio Construcap-Copasa Linha Leste (Construcap CCPS Engenharia e Comercio e Sociedad Anonima de Obras y Servicios - Copasa) foi declarado inabilitado, mas poderá recorrer da decisão.

Somente após essa etapa será definida a dada de análise das propostas de preços da obra. As tuneladoras estão sendo fabricadas em Xangai, na República Popular da China.

As obras da Linha Leste deverão começar ainda no segundo semestre desse ano.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Metrô não atende à demanda no CE

17/07/2013 - Diário do Nordeste

O transporte, cujas obras se arrastam há cerca de 15 anos, passará pela inspeção da presidente Dilma

Por Vanessa Madeira

A presidente Dilma Rousseff desembarca amanhã na Capital para, dentre outras atividades, inaugurar as duas últimas estações da Linha Sul do Metrô de Fortaleza. O transporte, cujas obras se arrastam há cerca de 15 anos, passará pela inspeção da governante, que deve avaliar, em apenas algumas horas, se o sistema é capaz de atender às demandas da população. Todos os dias, contudo, essa análise é feita por cearenses que dependem, exclusivamente, da condução coletiva. A conclusão é quase um consenso: por enquanto, o metrô compensa somente pela agilidade.

Quem usa diariamente os serviços do metrô, por enquanto, acredita que o transporte compensa somente pela agilidade fotos: Alex Costa

Quem utiliza o transporte frequentemente relata que a rotina de locomoção mudou de forma expressiva depois da inauguração dos trens. A duração das viagens foi reduzida, em alguns casos, quase pela metade. Mas, após tantos anos de transtornos e expectativas, o serviço ainda está muito aquém do esperado. O horário de funcionamento restrito, o limitado número de linhas e a pouca quantidade de vagões são considerados pelos passageiros os principais gargalos do sistema.

Na opinião da técnica em celulares Ana Paula Sousa, usuária corriqueira da Linha Sul, que atualmente faz o percurso entre o Centro de Fortaleza e a cidade de Pacatuba, no quesito conforto, o metrô não tem se diferenciado muito dos ônibus e vans. Segundo ela, durante toda a manhã, em especial nos horários de pico, os pequenos e escassos vagões, apenas três por trem, ficam lotados, tal qual os coletivos urbanos.

De acordo com dados da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), hoje circulam somente três trens e, ao todo, 15 carros de passageiros, cada um com capacidade de acomodar até 150 pessoas. Para a técnica, contudo, encontrar espaço para sentar-se ou até apoiar-se é quase impossível. "Só vale a pena por causa da rapidez. O resto é a mesma coisa. Dizem que, quando começar a funcionar o dia todo, vão ser só oito minutos entre um trem e outro. Assim, pode ser que supra a demanda. Mas, se continuar do jeito que está agora, não vai adiantar nada", diz Ana Paula.

Usuários

Quando o metrô vai passar a operar em todos os turnos, aliás, é a grande pergunta dos usuários. Desde que foi inaugurado, o sistema funciona em caráter assistido apenas quatro horas por dia, das 8h às 12h, gratuitamente. Devido ao intervalo de tempo curto e limitado e à ausência de uma escala do transporte, a necessidade de utilizar outros transportes torna-se inevitável.

"Trabalho à noite e não consigo usar o metrô para chegar lá por conta do horário. É uma pena que só funcione até meio-dia, porque as pessoas ficam dependendo de duas conduções", afirma o porteiro Paulo Roberto Santana, que também usa o transporte com frequência.

Para ele, a gratuidade do metrô durante a operação assistida não compensa deficiências como a falta de mais opções de linhas e o horário diminuto. "Precisa colocar para funcionar. Não me incomodaria de pagar para ter algo melhor, porque poderia descongestionar o trânsito e agilizar o nosso deslocamento", pontua o porteiro.

Operação comercial

Todas as melhorias em relação ao transporte, no entanto, seguem indefinidas. Conforme o Metrofor, futuramente, as conduções terão 25 Trens Unidade-Elétrica (TUEs), o que, segundo a empresa, será suficiente para atender à demanda de passageiros na operação comercial, estimada em 350 mil pessoas por dia. A promessa é que, com o maior número de carros funcionando e a menor periodicidade entre eles, o fluxo de usuários seja otimizado.

Segundo a assessoria da empresa, desses 25, 16 já estão nos pátios sendo preparados para circular, mas ainda não há previsões de quando irão entrar em atividades. A companhia ressalta que, após a inauguração das estações José de Alencar e Chico da Silva amanhã, quatro TUEs passarão a rodar portando seis carros de passageiros cada.

Falta definir funcionamento

Apesar do anseio da população por um metrô que funcione em horários diversificados, o fim da operação assistida do transporte ainda não tem previsão para acabar, como informa a assessoria de imprensa do Metrofor. Segundo a empresa, para que a operação comercial tenha início, resta definir tarifas, horários e recursos humanos, medidas que, conforme a assessoria, dependem de fatores que vão além das competências da companhia.

Para o fim da operação assistida, é preciso acertar tarifas, horários e recursos humanos, o que vai além das competências da companhia

O Metrofor informou, ainda, que, com a inauguração das duas últimas estações da Linha Sul, o percurso inteiro estará completo. As pendências serão as obras de outras duas estações, a Padre Cícero (entre o Benfica e o Porangabussu) e a Juscelino Kubitschek (entre as estações Parangaba e Couto Fernandes).

A assessoria de imprensa comunicou que 40% das intervenções estão concluídas, mas não há data certa para a liberação. A promessa é de que ambas fiquem prontas no primeiro semestre do próximo ano.

Linha Sul

O prazo para a conclusão das obras referentes à Linha Sul do metrô, inclusive, já foi extrapolado anteriormente. Em setembro de 2012, a empresa anunciou o término das intervenções para dezembro do mesmo ano. Já em abril deste ano, ainda em andamento, as obras foram adiadas para maio. O atraso, de acordo com a assessoria da companhia, foi causado por problemas com fornecedores.

Fonte: Diário do Nordeste

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Duas últimas estações da Linha Sul do metrô de Fortaleza são inauguradas

23/07/2013 - Pini

A obra da linha de 24,1 km de extensão levou 14 anos para ser concluída e custou R$ 1,5 bilhão

Rodrigo Louzas

As estações Chico da Silva e José de Alencar do Metrô de Fortaleza (Metrofor) foram inauguradas na semana passada. As estações são as duas últimas da Linha Sul a ficarem prontas. O trecho de 24,1 km liga a cidade de Pacatuba a Fortaleza.

Ambas as estações passarão a integrar a fase de operação assistida, tendo horário de funcionamento gratuito, das 8 horas às 12 horas, de segunda a sexta. Para atender o fluxo de passageiros, que tende a crescer, prevê-se para a nova etapa a circulação de quatro trens unidade-elétrica (TUEs), com capacidade para 3.500 pessoas.

A obra da Linha Sul, que contou com recursos dos Governos Estaduais e Federal, levou 14 anos e custou R$ 1,5 bilhão. O trajeto começa no Centro de Fortaleza e segue até a cidade de Pacatuba, passando pelos bairros Benfica, Antônio Bezerra, Parangaba e pela cidade de Maracanaú. Sempre a 60 km/h, serão necessários 35 minutos para um passageiro fazer todo o percurso.

Segundo a direção do Metrofor, não há uma data para o início da operação comercial do metrô.

Fonte: PINI