terça-feira, 21 de junho de 2011

Transtornos históricos durante as obras do Metrofor

18/06/2011 - O Povo

As obras do Metrofor na Linha Sul seguem com uma séries de transtornos. Foram várias as interdições e os problemas enfrentados desde 1999, no governo de Tasso Jereissati.No ano do início das obras, o valor total do metrô era de 320 milhões de dólares (equivalente hoje a aproximadamente R$ 508 milhões). Com os entraves e atrasos, o custo passou para R$ 1,7 bilhão.

No governo Cid Gomes, aconteceram os três maiores entraves. O primeiro, em 2008, com a previsão de demolição da Estação da Parangaba. Na época, a Fundação de Cultura, Esporte e Turismo (Funcet), hoje Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor), interveio e tombou o equipamento. O Governo do Estado, então, precisou afundar em três metros e meio a estação, para preservá-la.

Os outros dois transtornos tiveram relação com a estação da praça José de Alencar. Um tradicional prédio, o edifício Philomeno Gomes, antigo Lord Hotel, ameaçava cair à medida que o túnel era cavado. A Secretaria de Infraestrutura começou as obras de revitalização.

A segunda obra previa a demolição do Beco da Poeira. A Prefeitura de Fortaleza realizou a remoção dos permissionários para a avenida do Imperador. (AF)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Linha Sul do Metrô de Fortaleza começa a virar realidade

20/06/2011 - Governo do Estado do Ceará


O primeiro trem elétrico do Metrô de Fortaleza começou a operar em fase de teste dinâmico nesta sexta-feira (17). O governador Cid Gomes fez o trajeto entre as estações Rachel de Queiroz, na antiga Pajuçara, e Virgílio Távora, no antiga Novo Maracanaú, pilotando o trem unidade elétrica (TUE) que vai fazer a Linha Sul do Metrô. Ao todo foram 2,8 quilômetros percorridos, do total de 24,1 quilômetros da Linha que vai ligar o município de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, ao Centro da Capital. Para Cid, essa data marca o inicio da implantação do sonhado Metrô de Fortaleza, que após 10 anos começa a virar uma realidade que vai beneficiar mais de 350 mil passageiros diariamente. “O Governo do Estado tem uma decisão firme de ajudar as pessoas da nossa cidade a enfrentar o grande desafio que vem se tornando o trânsito nas grandes capitais. Um trabalhador que leva mais de uma hora para fazer o percurso Pacatuba – Fortaleza, com o Metrô vai levar 30 minutos. Isso é garantia de conforto, segurança e principalmente de respeito com a população”, destacou.


O trem testado nesta sexta-feira faz parte de um conjunto de 20 unidades adquiridas pelo Governo do Estado da empresa italiana Ansaldo Breda. Até o fim de 2012 eles deverão operar comercialmente na Linha Sul do Metrô. Cada unidade é constituída de três carros, com comprimento total de aproximadamente 40 metros. Duas dessas unidades já estão no Ceará, outros seis três chegarão ao Estado até o final deste ano, e as unidades restantes ao logo de 2012. “O dia de hoje é uma vitória. Estamos hoje constatando a funcionalidade do Metrô de Fortaleza, que há mais de 10 anos era esperado pela população”, comemorou o secretário da Infraestrutura, Adail Fontenele. Ainda segundo o secretário, o Governo Estadual já está licitando ações para dá continuidade ao trabalho de implantação do Metrô, que são as ações de energização, controle do TUEs e ventilação dos túneis. “Já as obras civis estão 89% concluídas. E o governador fez questão de construir mais duas estações na Linha Sul, que antes contava com 18 estações”, lembrou o Adail.


Na chamada fase de testes dinâmicos, estão sendo aferidos os diversos sistemas em operação real dos trens unidades elétricas (TUEs), como freios, sistema pneumático, portas, iluminação interna e externa, informações ao passageiro, comandos operacionais, energia de tração, energia auxiliar, sistemas mecânicos e climatização. Após essa fase, está previsto que até o início do próximo ano os TUEs funcionem em fase de operação assistida, que é quando são transportados passageiros sem a cobrança de passagens. “O cronograma prevê que até o final de 2012, o Metrô já vai poder ser utilizado comercialmente de Pacatuba até a Parangaba”, reforçou Cid. Segundo ele, mais de 1500 pessoas estão tralhando em 30 frentes de trabalho para garantir que o cronograma seja respeitado. “Na próxima quarta-feira irei a Brasília para audiência no Ministério das Cidades, afim de equacionar algumas pendências do Metrô, como o replanilhamento para termos todas as estações prontas”, informou Cid. A previsão é que até o fim deste ano, as obras civis sejam concluídas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Formalizado projeto do metrô da linha leste

28/05/2011 - Diário do Nordeste, Carlos Eugênio

As obras da linha sul ainda não foram concluídas, mas o Governo já projeta o metrô da linha leste 
FOTO: NATINHO RODRIGUES

O pleito do Governo do Estado é para que a nova linha metroviária seja contemplada com recursos do PAC 2

Pedido de R$ 2,4 bilhões e o projeto para construção da linha leste do Metrô de Fortaleza foram formalizados pelo Governo do Ceará nos ministérios das Cidades e dos Transportes, em Brasília. Os recursos correspondem a 80% dos R$ 3 bilhões orçados pelo Estado para implantação do novo ramal, que prevê a ligação ferroviária do centro de Fortaleza ao Centro de Eventos e ao Fórum Clóvis Beviláqua, no Bairro Edson Queiroz. Na última quinta-feira, o diretor técnico do Metrofor, Edilson Aragão, entregou, no Ministério das Cidades, os projetos básico e financeiro, e as informações técnicas e arquitetônicas da obra, com a anuência da Prefeitura Municipal de Fortaleza, para realização do projeto. A informação foi confirmada ontem pelo secretário Estadual de Infraestrutura (Seinfra), Adail Fontenele.

Segundo ele, os recursos pleiteados ao Governo Federal seriam inseridos no "bolo" do PAC 2, para serem aplicados na construção do túnel subterrâneo, das 12 estações e para aquisição e instalação das escadas rolantes e elevadores. Outros R$ 634 milhões, que serão a contrapartida sugerida pelo Governo do Estado, seriam aplicados em uma segunda etapa, na aquisição dos trens, dos sistemas elétricos e de controle e na ventilação do metrô.

Equação financeira

De acordo com o secretário, os recursos foram pedidos, mas ainda não se sabe se o Tesouro Federal irá doar os recursos ou se irá financiá-los ao Estado. "Não sabemos se esses recursos serão da União ou se serão emprestados", disse Fontenele.

Ele disse também que a fonte dos R$ 634 milhões de contrapartida do Estado ainda está sendo estudada e que a ideia é que seja financiada por meio de uma parceria publico privada. "A equação financeira à segunda etapa ainda está sendo estudada", revelou o secretário.

Boa aceitação

Fontenele declarou que o projeto de implantação da linha leste do metrô vem sendo bem aceito por todas as esferas governamentais, federal, estadual e municipal, tendo em vista o significado à melhoria da mobilidade urbana de Fortaleza. "A área leste da cidade é a mais complicada em termos de trânsito", justificou, ressaltando que o estudo de ocupação da nova linha prevê fluxo de cerca de 300 mil pessoas, por dia.

O secretário disse ainda que o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima) já estão sendo elaborados pela MWH, empresa responsável pelo projeto básico do empreendimento. O pedido de Licença Prévia também já foi feito à coordenação de Controle e Proteção Ambiental da Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente), a quem caberá vistoriar a área e o percurso total por onde passará o metrô, para elaboração de um Termo de Referência que norteará as diretrizes do Eia-Rima. A nova linha será toda subterrânea e terá 12 estações, partindo da Chico da Silva (no Centro), passando pela Catedral, Colégio Militar, Ceart, Nunes Valente, Leonardo Mota, Otávio Lobo (no Oásis), Cidade 2000, Palácio Iracema, Centro de Eventos e Fórum Clóvis Beviláqua.